Docentes em estudo do meio

Docentes em estudo do meio

Cursos Online'


Notícias sobre educação

09.04.2010 | 12h04

Greve da Educação poderá deixar 53 mil alunos sem aula em Maceió

Professores reivindicam 15,94% de reajuste; Município fez proposta de 3%, que foi recusada

Gazetaweb - com Janaina Ribeiro
Os professores da rede pública de ensino e os servidores da área da Educação deverão paralisar suas atividades a partir da próxima segunda-feira (12) deixando quase 53 mil alunos sem aulas em Maceió. Os funcionários reivindicam reajuste salarial de 15,94% e melhores condições de trabalho. A Prefeitura de Maceió propôs apenas 3% de aumento e se reúne com uma comissão do Sinteal na tarde de hoje para tentar chegar a um acordo e evitar a paralisação geral.

De acordo com a presidente do Sinteal, Célia Capistrano, o reajuste salarial para os profissionais da Educação vem sendo negociado desde o ano passado com o Município. “Muitas reuniões foram realizadas e, em todas elas, tentamos mostrar à Prefeitura que os professores e o pessoal de apoio da área da Educação precisam ter salários mais dignos, pelo menos de forma que se reponham as perdas de 2009. O prefeito Cícero Almeida prometeu, para este segundo mandato, melhorar a Educação de Maceió e valorizar o trabalhador. Estamos esperando que assim ele o faça”, disse a sindicalista.

Segundo ela, na semana passada o Município propôs conceder 3% de aumento salarial, o que foi rejeitado pela categoria em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (08), no Clube Fênix.

Concursados e merenda escolar

A entidade também quer que o Executivo convoque os cerca de 850 aprovados do último concurso público. “Só de professores são mais de 350 da 1ª a 5ª séries. E, enquanto isso, as escolas ficam sem aula porque muitas delas não têm quem vá para as salas”, afirmou a presidente.

Célia Capistrano acrescentou ainda que o Sinteal briga pela nomeação do pessoal concursado na área de serviços diversos. “Faltam merendeiras, porteiros e servidores administrativos. Quem vai cozinhar a merenda escolar dos alunos?”, questionou ela, denunciando que algumas unidades de ensino estão sem merenda escolar. “Na escola Pompeu Sarmento não há mais merendas e, num colégio que visitamos hoje pela manhã, a diretora está abalada psicologicamente porque não tem o que oferecer aos estudantes. Ela só estava dando biscoito e suco”, lamentou a sindicalista.

A Gazetaweb tentou contato com o secretário de Educação do município, Thomàs Beltrão, mas ele não atendeu as nossas ligações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário